"Eu tenho a impressão de o que se mostra é que não há soberanos no estado de direito. Todos aqueles que praticam delitos serão responsabilizados", afirmou Mendes, destacando que a gravação contra o senador é grave.
"Todos os fatos revelados são graves. O tipo de diálogo, a oferta de fuga, a obstrução da Justiça, são elementos suficientes para permitir a prisão preventiva", disse o ministro, acrescendo que a gravação mostra que havia um plano para obstruir a Justiça.
"Se nós olharmos, ali se falava em fuga para o Paraguai e Espanha, uso da nacionalidade espanhola, oferta de uma mesada, valores, captura de projetos de delação que estavam sendo desenhados", ressaltou Mendes.
Questionado se a gravação havia sido considerada como flagrante para prisão do senador, Mendes afirmou que "pertencer a uma organização criminosa e estar atuando em uma organização criminosa" foram considerados flagrantes.
Ao responder se achava o senador membro de uma organização criminosa, o ministro disse que o "tribunal, em princípio, entendeu que há elementos para isso". "Entendeu-se, de fato, que se trata de um projeto, de algo projetado como organização criminosa."
Para Mendes, a operação Lava Jato só foi possível graças ao julgamento do mensalão. "Desde o mensalão, tivemos prisões importantes. Sem o mensalão, não teríamos a Lava Jato. Certamente, a delação premiada é fruto de condenações como a de Marcos Valério."
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